domingo, 19 de maio de 2013

Discurso no almoço de apresentação dos Candidatos da CDU

Reproduzimos aqui o discurso da candidata Suzel Pimenta:

"Camaradas e amigos, como independente e tendo sido convidada pela Comissão Concelhia do Partido Comunista Português, decidi aceitar o convite para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Albufeira porque tenho a forte convicção que todos temos o dever cívico de contribuir para uma sociedade melhor.

Ao longo dos anos tenho contribuído de forma singela como pessoa, mãe, profissional e sindicalista. Tenho acompanhado a luta dos que no dia-a-dia se dedicam à defesa dos valores democráticos e de justiça social e que fora do seu círculo familiar e profissional levam este esforço mais além, muitas vezes em prejuízo da sua vida familiar. Porque admiro e respeito o trabalho realizado pelos comunistas de Albufeira, achei que não poderia recusar esse convite, convicta que a minha candidatura é a mais abrangente e envolve um maior número de candidaturas independentes. Espero não defraudar a confiança que em mim foi depositada.

Vivemos tempos difíceis, como há muito não se via, como julgávamos não mais ver! Por tal, é tempo de deixarmos de ser treinadores de bancada. Não chega acompanhar o que de bom ou não é feito por aqueles a quem foi dado o voto, para no exercício das suas funções servirem a causa pública! É preciso que as pessoas se envolvam e participem ativamente.
Todos juntos, com a participação de cada um, atuando em defesa dos anseios da população e na resolução das suas dificuldades, vamos defender os ideais democráticos e de justiça social que são a defesa constante da Coligação Democrática Unitária (CDU), e que foi bem patente nos primeiros anos de democracia, fazendo chegar a energia eletrica às regiões mais remotas, o saneamento básico, o fornecimento de água, habitação social etc.

Não será uma caminhada fácil. Este executivo camarário P S D, em funções desde 2001, fez como a cigarra: festas e romarias, foguetes e fogos de artifício, dizendo fazer a promoção da nossa cidade como destino férias. Ora, os municipes não vivem de Festas, as suas necessidades são permanentes!

A Câmara não amealhou, aliás pelo contrário não poupou esforços para conquistar simpatias. Esbanjou os dinheiros públicos em obras de fachada com projetos superfluos, isto é endividou-se e as consequências estão à vista: Deve à Banca, aos fornecedores, à Empresa das Águas do Algarve, (etc.). Por conseguinte, para fazer face às dívidas teve de: recorrer ao Plano de Apoio à Economia Local, parar obras, reduzir o apoio à população e claro, deitar a mão ao bolso dos munícipes, com a aplicação das taxas máximas, no IMI e na faturação vergonhosa da água que é bem de primeira necessidade.

Nos tempos que correm com as dificuldades que existem, nem nós CDU, nem qualquer outra força política pode prometer seja o que for. Quem o fizer estará a iludir os eleitores.

O que podemos então fazer?

Pelo nosso lado, assumimos o compromisso de gerir com honestidade e rigor os recursos existentes, tanto financeiros, como humanos ou patrimoniais.

A Câmara tem de ser gerida de forma a rentabilizar os recursos financeiros, tem de haver cortes na despesa, sem contudo copiar o criminoso modelo nacional. Não queremos para o nosso concelho, o que não queremos para o nosso país. A solução não passa pelo recurso a despedimentos. A solução não passa pela precariedade. Não passa pelos baixos salários e muito menos pela ausência do direito ao trabalho e a uma remuneração condigna!

Defendemos a interação com as estruturas sindicais para definição de planos de formação adequados a uma melhor gestão. Não podemos lançar mais gente para o desemprego e nem pode a Câmara, por falta de verba, se tornar numa entidade patronal que atrasa os salários dos seus trabalhadores. Uma entidade patronal que falha e penaliza os direitos dos trabalhadores, como tantas outras que contribuem para o alastrar do desespero no nosso concelho.

Temos que nos certificar dos valores em dívida, quer sejam dívidas contraídas pela Câmara, quer sejam dívidas à Câmara! Sabemos, por exemplo, que existem dívidas resultantes do consumo de água por parte de empresas que relegam o pagamento sob o falso pretexto de poupar os postos de trabalho. Pura mentira! A água não é cortada, as empresas acumulam os valores em dívida, mas continuam a despedir os trabalhadores. Entretanto, o Zé Povinho não falta aos seus compromissos, embora o faça cada vez com maior e mais pesado esforço!

Temos que reforçar a ação social, sobretudo reforçar os subsídios geridos pelas escolas para apoiar as famílias com dificuldades. Sabemos que é a partir destas que grande parte das nossa crianças e jovens são condignamente alimentados. Não estamos de acordo com os cortes que estes apoios têm sofrido e repudiamos o sofrimento que causa!

Temos que dar todo o apoio às associações de solidariedade social. Tememos que este apoio seja cada vez mais logístico, porque as verbas são cada vez menos.

Defendemos que os clubes, associações recreativas, culturais e sociais prestem contas dos dinheiros atribuídos. Urge saber se respeitam os princípios enumerados para a sua atribuição. Só assim se pode reiterar responsavelmente o apoio que lhes é dado.

Temos que zelar pela manutenção dos equipamentos, edifícios, viaturas, espaços lúdicos, espaços verdes e de lazer. Não podemos deixar degradar os edifícios públicos, para depois os irmos recuperar, gastando o dobro ou o triplo da verba que seria gasta inicialmente. Não podemos deixar as viaturas ao Deus dará e não podemos permitir que as mesmas sejam utilizadas para fins opostos ao interesse público. Temos de aumentar os espaços verdes e não podemos negligenciar os existentes, pois além de serem um indicador da qualidade de vida dos munícipes, são também promotores da nossa Cidade.

Temos que rentabilizar os espaços lúdicos dando-lhes utilidade. Os eventos devem ser efetuados nos espaços existentes e principalmente na época baixa, para atrair mais visitantes e combater a sazonalidade da principal atividade económica e por conseguinte, o desemprego. Mas se queremos mais e melhor turismo, urge resolver o caso das estações de água residuais que, por mais obras que tenham feito, até hoje o problema não está resolvido. Queremos bandeiras azuis nas praias da frente mar ( desde o Peneco ao Forte de S. João), impensáveis com esgotos a correr a céu aberto para o mar no inverno e sem terem conseguido resolver o problema dos emissários.

Os espaços de diversão noturna têm que respeitar as normas de sonoridade, há que ter respeito pelos residentes que vivem junto desses espaços. As esplanadas não podem ocupar a maior parte da via pública Uma cidade turística não é unicamente um todo virado para quem vem de fora. Uma cidade turística é aquela que atrai quem quer voltar a visitar e até mesmo residir. Tem que haver um meio termo para satisfazer os comerciantes mas ao mesmo tempo não fazer fugir os visitantes e respeitar os residentes.

A Coligação Democrática Unitária é frontalmente contra as portagens na via do Infante, em primeiro lugar porque a estrada 125 não é alternativa, em segundo lugar porque a mesma já foi paga com os dinheiros vindos da União Europeia, em terceiro lugar se queremos mais visitantes e turistas, com esta medida só os afastamos para outras paragens.

A Coligação Democrática Unitária lutou para que Olhos d’Água continuasse a ser uma freguesia, porque eleitos e eleitores devem estar o mais perto possível, para que mais facilmente se resolvam dos problemas dos residentes.

Temos que travar este executivo Camarário que não tem oposição, inverter o rumo das políticas de Direita danosa que tem vindo a levar a cabo.

Defendamos os valores de Abril!
Viva a Coligação Democrática Unitária!"


domingo, 12 de maio de 2013

Mensagem da Candidata Suzel Pimenta


No passado dia 11 de maio, a CDU de Albufeira saiu à rua para um primeiro contato com a população no âmbito das eleições autárquicas de 2013 e com os objetivos de sensibilizar a população para a necessidade de mudança e dar a conhecer os seus candidatos.

Nesta primeira ação de rua, a cabeça de lista da CDU, Suzel Pimenta foi ao encontro da população, tendo sido muito bem recebida por todos, assim como a sua mensagem.

Para V/ conhecimento, aqui fica a mensagem da candidata Suzel Pimenta, documento distribuído no Mercado Municipal.

  .
Tão grave quanto a crise económica e financeira é a crise moral, política e social que vivemos. O descrédito nos políticos, o enriquecimento ilícito abusivo e fraudulento dos sem escrúpulos, é motivo bastante para não nos alhearmos do que se passa à nossa volta.
Todos temos o dever cívico de contribuir para uma sociedade melhor, participando ativamente e acompanhando o que de bom ou não, é feito por aqueles a quem foi dado o voto para no exercício das suas funções servirem a causa pública.

Este executivo camarário, em funções desde 2001, na ânsia de ganhar cada vez mais votos para obter maioria absoluta, para que ninguém lhe fizesse oposição, fez obra e mais obra, festas e romarias.

Promover a nossa cidade enquanto destino de férias por excelência, não passa apenas pela realização de eventos de desgaste rápido e de pesada fatura. Promover a nossa cidade enquanto base de sustentação da nossa vida familiar e profissional, não passa pelo sublinhar do carácter sazonal que a principal industria perpetua. Os cidadãos não vivem só de festas e as suas necessidades são permanentes.

Todos reconhecemos a obra feita, não há lugar a equívocos quando os equipamentos surgem. Contudo, grande parte das obras poderiam ter sido feitas com menos gastos e outras foram pura e simplesmente obras desnecessárias para projectos supérfluos. As consequências de obras mal planeadas e/ou de orçamento agravado tem como consequência as dívidas à banca e a fornecedores, o recurso ao Programa de Apoio à Economia Local. Estas por sua vez acarretaram os aumentos das taxas e dos impostos que os munícipes têm que suportar com língua de palmo, não bastando o desemprego, a precariedade, os baixos salários e os salários em atraso que alastram no concelho.

O meu percurso de vida fez-me conviver com a palavra dificuldade e com o conceito de trabalho árduo e honesto, na defesa desse trabalho fui dirigente sindical. Sou uma profissional que gere pessoas e articula diferentes áreas de actividade (financeira, patrimonial, administrativa), conheço as regras que regem a vida pública. Sou mãe e gestora da economia familiar, conheço bem as dificuldades das famílias.
Análise, orçamento e compromisso são uma constante quer no plano pessoal, como profissional. Por tal, como cidadã estou cansada do modelo político que promete, dissimula e que se compromete com valores que não promovem uma sociedade mais equitativa.

Por tudo isto decidi aceitar o convite da Coligação Democrática Unitária para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Albufeira porque tenho a convicção que a minha candidatura é mais abrangente e envolve um maior número de candidaturas independentes. Pretendo com isso envolver mais pessoas nas tomadas de decisão na procura de soluções e juntos vamos realizar uma política que sirva a população, atuando em defesa dos seus anseios e na resolução das suas dificuldades, tendo como base os ideais democráticos e de justiça social que sempre me foram incutidos e que são a defesa constante da Coligação Democrática Unitária (CDU).

Não faço então promessas, mas assumo compromissos. Não dissimulo o que defendo, mas apresento os meus valores.
Pela Defesa dos Valores de ABRIL,
        Suzel Pimenta